Qual é a importância da atualização do Guia Alimentar para a População Brasileira

Na última terça-feira, 15 de setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) finalizou o pedido de alteração do “Guia Alimentar para a População Brasileira”.
Compartilhe

 O documento, de 2014, traz informações e orientações para uma alimentação adequada.

O Papel da Academia Internacional de Saúde e Ciências de Alimentos (AISCA)

O portal Global Food 4 Health é a plataforma de comunicação da AISCA, e o nosso papel é apoiar, junto ao corpo técnico científico da entidade, a compreensão por parte da população do Guia Alimentar. Nosso Conselho Científico é composto por Engenheiros de Alimentos, Cientistas de Alimentos, Médicos, Nutricionistas e profissionais acadêmicos que atuam na área de pesquisa e desenvolvimento de alimentos, em sua maioria, há mais de 20 anos.

Acreditamos que as evidências cientificas devem sempre prevalecer, para que seja feita uma avaliação ampla e complementar das áreas de saúde, ciências de alimentos e nutricionais.

O Guia

O guia foi feito por técnicos do Ministério da Saúde e, segundo o MAPA, deve ser revisado. Nele, é privilegiado o consumo de alimentos in natura ou pouco processados. Além disso, o Guia utiliza a classificação “NOVA”, que separa os produtos de acordo com o nível de processamento.

Nota técnica feita pelo MAPA 

O MAPA alega que “uma vez que limitar as recomendações à produtos in natura e menos processado ‘prende’ o consumidor à essas escolhas, o Guia não cumpre seu papel de educar nutricionalmente a população, dando autonomia para a escolha dos alimentos que farão parte de sua dieta”. 

Outro ponto colocado pelo MAPA foi o fato de que, o Guia alimentar diz que, para identificar produtos ‘ultraprocessados’, é preciso checar a lista de ingredientes e procurar por palavras desconhecidas ou uma grande variedade de ingredientes. Essa afirmação foi questionada, já que o Ministério da Agricultura alega que “receitas domésticas que utilizam vários ingredientes, por exemplo, não podem ser rotuladas como ‘ultraprocessadas’ e que a discussão sobre a necessidade da população de se informar sobre os nomes dos ingredientes é algo muito complexo”.

Posicionamento de entidades e profissionais

No entanto, outras entidades de saúde e nutrição criticaram a posição do MAPA, dizendo que ela foi desrespeitosa e que a versão de 2014 do guia alimentar é uma referência na divulgação da alimentação adequada e saudável.

Ponto de vista científico

O intuito da AISCA, uma instituição legal formada por profissionais renomados da área de saúde e das ciências dos alimentos, é focar no acesso à informação, para que desta forma a população possa se educar nutricionalmente.

Nos disponibilizamos a contribuir de maneira concisa com respaldo na ciência para que todos possam compreender o conteúdo do Guia Alimentar vigente e até mesmo de outros documentos oficiais que contenham diretrizes a fim de melhorar a saúde pública, incentivando a sociedade a ter completa autonomia sobre suas escolhas alimentares diárias.