Presidente da ABRAN e convidados membros da AISCA desmistificam mitos sobre o processamento de alimentos durante live

A live teve como objetivo promover um intercâmbio de informações sobre alimentos processados e como eles podem fazer parte da mesa dos brasileiros sem afetar a saúde
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Durante participação na Live “Alimentos Naturais, Processados e Ultraprocessados: Mitos e Verdades”, realizada pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) com apoio da Academia Internacional de Saúde e Ciência dos Alimentos (AISCA) e do nosso portal, o presidente da ABRAN e mediador da conversa, Dr. Durval Ribas Filho destacou que os fatos nunca podem se tornar maiores que a própria informação. O especialista enfatizou que é preciso ouvir a ciência, diante do bombardeio de notícias sobre o processamento dos alimentos.   

O evento online contou ainda com a participação de membros do conselho da AISCA, a Ph.D. Nutricionista Dra. Anita Sachs, o Ph.D Engenheiro de Alimentos e

Prof. FEA-UNICAMP Dr. Flavio Schmidt e a Ph.D. Nutricionista e Engenheira de Alimentos Dra. Geórgia Castro, que puderam durante a live dar uma aula objetiva e descontraída sobre os principais fatos, muitas vezes equivocados que estão acerca do tema. 

Agora você pode conferir quais foram os principais assuntos abordados durante a Live: 

1 – O alimento industrial é pior que o caseiro?

Todos os participantes ressaltaram que essa é uma afirmação muito relativa e que é importante enfatizar que os alimentos industrializados respeitam um rígido controle de segurança e qualidade, e este fator do emprego da tecnologia nos alimentos é uma avanço para a sua distribuição em todo o mundo.

2 – O que é o processamento de alimentos? 

Segundo o Dr. Flávio Schmidt, do ponto de vista técnico qualquer alteração em nível químico, físico e bioquímico no alimento envolve um processamento. Os minimamente processados, tem um indicativo de que essas alterações são mínimas.  Já o termo ultraprocessados, para a área de engenharia de alimentos não faz sentido e acaba por criar muitos mitos em torno da industrialização dos alimentos, visto que o importante é entender como a aplicação da tecnologia em benefício da conservação pode melhorar a qualidade da comida que chega até à mesa da população. 

3 – O processamento de alimentos e Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs)

Outro ponto destacado pela Dra. Geórgia Castro foi sobre a interface entre a tecnologia de alimentos e a saúde pública como um tema de muita relevância. “Devemos fazer a pergunta de como o processamento de alimentos pode afetar a questão da saúde pública e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis”, acompanhada por comentários da Dra. Anita Sachs que ressaltou o fato de que algumas deficiências de minerais essenciais como o ferro foram potencialmente reduzidas devido ao enriquecimento principalmente de farinhas com ferro e ácido fólico. A especialista concluiu dizendo que essa conquista se deu pelo processamento do ingrediente. Em contraponto destacou que o indivíduo precisa pensar em como a alimentação requer um equilíbrio, já que consumir apenas alimentos processados pode desencadear problemas como hipertensão, obesidade entre outras questões de saúde. Todos os especialistas acordaram que mesmo que o indivíduo consuma apenas os alimentos ditos como naturais, ele pode desenvolver alguns tipos de doenças crônicas. 

4 – A indústria de alimentos e o desperdício 

“Em relação ao Impacto no meio ambiente a produção de alimentos caseiros gera mais desperdício”, ressaltou o Dr. Flavio Schmidt. Segundo os especialistas a indústria faz o contrário reduzindo o lixo, o consumo de água entre outros fatores.  Um dos exemplos citados pelo engenheiro de alimentos e professor da FEA-USP, foi a indústria da laranja que é auto-suficiente em água, e para a produção do suco de laranja a indústria gera uma quantidade imensa de água se retroalimentando. Outro fato mencionado é que durante o processamento do tomate, o aproveitamento de todo o fruto é alcançado, muito diferente do que acontece no lar de milhares de pessoas. 

 5 – Biodisponibilidade de nutrientes em alimentos processados

A biodisponibilidade dos nutrientes incluem a sua forma química, as interações entre os nutrientes e outros componentes dos alimentos e o processamento do alimento, de acordo com o Dr. Flavio Schmidt, o licopeno aumenta com o processamento, “o licopeno presente em um tomate processado pela indústria é maior que no tomate in natura”, concluiu. 

Outros temas de interesse público também foram citados, como a quantidade de sódio, açúcar e gorduras presentes em alimentos processados estarem dentro das normas rígidas que as entidades que regulam o setor impõem. Em mais de uma hora de conversa os participantes tiraram várias dúvidas dos telespectadores e contribuíram para uma disseminação de informação consciente, sem extremismos e com embasamento na ciência. 

Por último e não menos importante a Dra. Anita Sachs e Dra. Geórgia Castro que são Ph.D em nutrição ressaltaram a importância do equilíbrio na alimentação e de como os alimentos processados são parte inerente do dia a dia do brasileiro por serem práticos e fazerem parte da cultura alimentar da sociedade. Não é benéfico que as pessoas tenham medo do alimentos processados, para todos os presentes na live o conhecimento dos fatos é um grande aliado para à saúde de todos. 

Fique de olho em nossas redes sociais, acompanhe o nosso portal para saber mais sobre o tema e assistir na íntegra o conteúdo gerado pela parceria entre ABRAN e AISCA.